Metal contra as núvens

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Processo de Criação


Pensar em processo de criação é pensar na obra desde o começo ao seu suposto final, o processo de criação inicia-se mesmo antes de se pegar qualquer tipo de material ou ferramenta para iniciar a obra.
A capacidade de recolhermos tudo a nossa volta para uma influencia direta ou não direta nos trabalhos é realizadas diariamente, nas ruas vemos imagens, fotografias, esculturas, sons, pessoas, roupas e até mesmo o lixo.
Segundo Cecilia Salles, pesquisadora sobre os processos de criação, a obra em criação é um sistema aberto de trocas de informações como seu ambiente. As interações envolvem também as relações entre o espaço e tempo social e individual, em outras palavras, envolvem as relações do artista com a cultura, na qual está inserido e com aquelas que ele sai em busca. A criação alimenta-se e troca informações com seu entorno em sentido bastante amplo.
Na produção ocorre vários obstáculos, a obra vai mudando, o que se tem em mente não é o que está "em mãos", as impossibilidades do material, habilidades do artista e a intensão são um deses desafios enfrentados. A finalização da obra é um empasse, a obra está ou não está acabada?
E essa discussão entre obra e artista que se torna tão intrigante, talvez a obra não seja tão interessante quanto o seu processo de construção e sua interação com o artista.


Marc'Antonio

Um comentário:

Daniela Ramos disse...

Suposto final? Será mesmo? rs...Vale lembrar as sábias palavras de Marcel Duchamp que estende esse processo (de dar continuidade a obra) ao observador/espectador.Talvez assim, ampliemos a discussão, pois a obra já não mais pertencerá apenas a um (ou mais), seu criador(s).
Vejo ainda algo a acrescentar: se a obra é o resultado dessas interações desafiantes por que não seria interessante? Se ela condensa todo esse movimento criador é o próprio processo! O problema é que estamos acostumados a ver apenas do lado de fora , o que chamamos erroneamente de "obra pronta"(esquecemos desse lado de dentro, que fervilha, que motiva a pensar em como, quando e por quê?). Obra e processo se fundem!
Contudo mais interessante ainda é ter esses olhos abertos para o novo, para questões desafiantes, para entender os processos que movem a criação artística. Olhos estes que você está deixando cada vez mais aguçado, hein? Fico feliz em saber que faço parte de uma pontinha de tudo isso! Continue assim...você vai longe!